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  • Foto do escritorTiago Barbosa

Decisões e a carreira

Ouvi recentemente que profissionais não sabem fazer escolhas, um cliente já em desalento pelas escolhas que havia feito, não muito contente soltou que hoje faria escolhes diferentes das que fez aos 18 anos, e isso me fez refletir muito, acho que mais do que escolhas certas ou erradas, a obrigatoriedade de se tomar essas decisões jovens demais.


Estudamos o ensino fundamental, aprendendo a base da educação formal, sendo preparados e alfabetizados, durantes anos, seguimos então para o ensino médio, esse com cobranças maiores, provas complexas, dedicação muitas vezes de áreas que a gente nem tem afinidade, lembro das minhas aulas de química, eram péssimas.

Já nessa fase somos preparados para a faculdade, a tão temida escolha que vamos arrastar para nossa vida profissional buscando atender o mercado de trabalho, com exigências ainda maiores, com a pressão da família, dos amigos, da sociedade.


E ai como cobrar escolhas de alguém que não conhece o mercado e trabalho, sequer saiu da escola, somos ainda uma sociedade sádica, mas queremos respostas rápidas, se decida, vá pra faculdade não importa o que, mas seja produtivo, pronto a fórmula perfeita pra adultos inseguros, ansiosos, descontentes, grande parte com a síndrome do impostor, não se sentem capazes de exercer a função e grande parte disso está na escolha forçada que fizeram em uma idade ainda precoce,


Legal entramos na faculdade, era esse o curso que eu queria? Não estou feliz com isso, não me quero fazer isso daqui 10 anos, eu odeio esse curso, droga já finalizei, vou ter que trabalhar na área, mas só alguns anos, 10, 20, 30 anos e não posso mais mudar, vou ficar infeliz aqui mesmo.


Engraçado que quando pensamos a carreira, pensamos em ser produtivos, não em ser felizes, ora, mas obvio que é possível ser feliz com a carreira, nem tudo são flores, mas gostar do que faz, estar feliz com a atuação, se sentir realizado, faz parte da carreira.


Ainda somos uma sociedade sádica exigindo escolhas sem maturidade, e mais ainda somos adultos que nos conformamos. Não há nada de errado em entender que você tomou algumas decisões ruins, todos nós tomamos durante nossa breve trajetória, a questão ai é que não precisamos nos punir o resto da vida por elas.

Veja bem, escolher mal a sua formação não é o fim do mundo, o ruim é quando insistimos em algo que não temos perfil, só pelo medo da mudança, mesmo a sua formação, pode ser readequada, sua experiência pode ser aproveitada em outras frentes, o seu perfil pode ser adequado, o que não dá é achar que escolhas que você fez em uma época de pouca experiência tenha que definir toda sua vida.


Escolhas podem ser rearranjadas, sejam elas na sua formação, naquela empresa que você não gosta, naquele relacionamento, naquela casa ou naquele celular novo, escolhas geram consequências, mas como qualquer decisão pode ser repensada.


E você tem pensando suas decisões de carreira com mais carinho? Não se puna tanto, você não tinha a maturidade que tem hoje, certa ou errada foi a melhor que você tinha condições de tomar naquele momento.

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